Desde o dia 26 de setembro, os estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) estão ocupando a reitoria, localizada em Cruz das Almas, reivindicando residências estudantis, restaurantes universitários, laboratórios equipados, descentralização técnica, administrativa e financeira e outras questões que ainda estão sendo debatidas entre os estudantes.
A iniciativa da ocupação da UFRB partiu dos estudantes do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) na cidade heróica da Cachoeira/Bahia, um dos centros mais defasados em termos de estrutura física. No entanto, a convergência de demandas dos campi tem ocasionado a constante adesão de estudantes de outros centros à ocupação. O CCAAB e CETEC optaram, em assembléia, pela paralisação das aulas. Os centros de Amargosa e Santo Antônio de Jesus definem hoje em assembléia a adesão ou não ao movimento e esboçarão as suas necessidades.
Além da reitoria, o CAHL está ocupado desde o dia 29/09, com a deliberação de que esta só terá fim quando as reivindicações da pauta forem atendidas.
Esta ocupação é uma iniciativa dos estudantes, sendo ela um movimento autônomo, apartidário e sem representatividade oficial. Todas as decisões e negociações com a administração serão discutidas em assembléia com a presença do maior número de estudantes possível.
Até o presente momento, a OCUPAÇÃO ainda não tem uma pauta definida, pois os estudantes, da forma mais democrática possível, estão dia-a-dia construindo essa pauta. Vale ressaltar a dificuldade de tal construção de pauta, haja visto que a UFRB é multi-campi, ou seja, a universidade funciona em 4 cidades diferentes do recôncavo da Bahia, o que dificulta o diálogo entre os discentes, portanto é essa a justificativa para a "demora" da construção da pauta, pois nós estudantes queremos que todas as especificidades de cada campus entrem em discussão.
A UFRB tem dois anos e nós acreditamos que uma universidade não pode ser construída aos “trancos e barrancos” como vem sendo feita! Muitos cursos estão seriamente prejudicados por falta de laboratórios, bibliotecas etc. A UFRB não dispõe, sequer, de prédios definitivos nos campi de Amargosa, Cachoeira e Santo Antônio de Jesus (somente o campus de Cruz das Almas, que herdou sua estrutura física da UFBA). A exemplo, os cursos de Ciências Sociais, Serviço Social e Cinema no centro de Cachoeira estão alocados em um prédio alugado do Colégio Sacramentinas, isto é, um prédio católico para atender a demanda de uma instituição federal laica.
O fato de ter sido criada em 2006 não justifica a ausência da infra-estrutura mínima necessária para o exercício pleno das atividades acadêmicas, pois é dever do Estado fornecer uma educação de qualidade, levando em conta os indicadores sociais, como a desigualdade social. É importante que a universidade dê conta de assistir aos estudantes com baixa renda que ingressam nas universidades públicas e precisam de auxílio para permanecer nela. Por esse motivo, torna-se imprescindível a construção de Restaurante Universitário (R.U.) e Residência Universitária em todos os centros da UFRB. Se a universidade não tem hoje condições de oferecer estrutura e assistência adequadas aos seus discentes, nos assusta projetar a realidade do centro em 2011 com mais 17 cursos e um total de 10970 estudantes na universidade, segundo as metas do REUNI-UFRB.
Na íntegra:
“Metas a serem alcançadas com o cronograma de execução:
Ampliar as matrículas de graduação 1619 para 10970 na graduação, até 2011, usando as seguintes alternativas:
Criar 17 cursos novos (Farmácia, Tecnólogo em Análises Agrícolas e Ambientais, Tecnólogo em Agro-ecologia, Tecnólogo em Agro-indústria, Desenvolvimento Territorial, Licenciatura em Química, Educador Social, Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Coletiva, Bacharelado em Economia, Bacharelado em Turismo, Licenciatura em Letras/libras, Tecnólogo em Geomática e Tecnólogo em Gestão e Planejamento Ambiental, Engenharia da Computação, Engenharia de Energia, Bacharelado em Matemática e Bacharelado em Física);
Oferecer, dos 17 cursos novos, 9 no período noturno(Licenciatura em Química, Tecnólogo em Desenvolvimento Territorial, Educador Social, Bacharelado em Turismo, Licenciatura em Letras/libras, Tecnólogo em Gestão e Planejamento Ambiental, Bacharelado em Física, Bacharelado em Matemática, Engenharia de Computação);
Ampliar para 45 as vagas de todos os cursos já existentes que ofertem apenas 40 vagas.”
Cordialmente, Coletivo de Ocupação.
A iniciativa da ocupação da UFRB partiu dos estudantes do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) na cidade heróica da Cachoeira/Bahia, um dos centros mais defasados em termos de estrutura física. No entanto, a convergência de demandas dos campi tem ocasionado a constante adesão de estudantes de outros centros à ocupação. O CCAAB e CETEC optaram, em assembléia, pela paralisação das aulas. Os centros de Amargosa e Santo Antônio de Jesus definem hoje em assembléia a adesão ou não ao movimento e esboçarão as suas necessidades.
Além da reitoria, o CAHL está ocupado desde o dia 29/09, com a deliberação de que esta só terá fim quando as reivindicações da pauta forem atendidas.
Esta ocupação é uma iniciativa dos estudantes, sendo ela um movimento autônomo, apartidário e sem representatividade oficial. Todas as decisões e negociações com a administração serão discutidas em assembléia com a presença do maior número de estudantes possível.
Até o presente momento, a OCUPAÇÃO ainda não tem uma pauta definida, pois os estudantes, da forma mais democrática possível, estão dia-a-dia construindo essa pauta. Vale ressaltar a dificuldade de tal construção de pauta, haja visto que a UFRB é multi-campi, ou seja, a universidade funciona em 4 cidades diferentes do recôncavo da Bahia, o que dificulta o diálogo entre os discentes, portanto é essa a justificativa para a "demora" da construção da pauta, pois nós estudantes queremos que todas as especificidades de cada campus entrem em discussão.
A UFRB tem dois anos e nós acreditamos que uma universidade não pode ser construída aos “trancos e barrancos” como vem sendo feita! Muitos cursos estão seriamente prejudicados por falta de laboratórios, bibliotecas etc. A UFRB não dispõe, sequer, de prédios definitivos nos campi de Amargosa, Cachoeira e Santo Antônio de Jesus (somente o campus de Cruz das Almas, que herdou sua estrutura física da UFBA). A exemplo, os cursos de Ciências Sociais, Serviço Social e Cinema no centro de Cachoeira estão alocados em um prédio alugado do Colégio Sacramentinas, isto é, um prédio católico para atender a demanda de uma instituição federal laica.
O fato de ter sido criada em 2006 não justifica a ausência da infra-estrutura mínima necessária para o exercício pleno das atividades acadêmicas, pois é dever do Estado fornecer uma educação de qualidade, levando em conta os indicadores sociais, como a desigualdade social. É importante que a universidade dê conta de assistir aos estudantes com baixa renda que ingressam nas universidades públicas e precisam de auxílio para permanecer nela. Por esse motivo, torna-se imprescindível a construção de Restaurante Universitário (R.U.) e Residência Universitária em todos os centros da UFRB. Se a universidade não tem hoje condições de oferecer estrutura e assistência adequadas aos seus discentes, nos assusta projetar a realidade do centro em 2011 com mais 17 cursos e um total de 10970 estudantes na universidade, segundo as metas do REUNI-UFRB.
Na íntegra:
“Metas a serem alcançadas com o cronograma de execução:
Ampliar as matrículas de graduação 1619 para 10970 na graduação, até 2011, usando as seguintes alternativas:
Criar 17 cursos novos (Farmácia, Tecnólogo em Análises Agrícolas e Ambientais, Tecnólogo em Agro-ecologia, Tecnólogo em Agro-indústria, Desenvolvimento Territorial, Licenciatura em Química, Educador Social, Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Coletiva, Bacharelado em Economia, Bacharelado em Turismo, Licenciatura em Letras/libras, Tecnólogo em Geomática e Tecnólogo em Gestão e Planejamento Ambiental, Engenharia da Computação, Engenharia de Energia, Bacharelado em Matemática e Bacharelado em Física);
Oferecer, dos 17 cursos novos, 9 no período noturno(Licenciatura em Química, Tecnólogo em Desenvolvimento Territorial, Educador Social, Bacharelado em Turismo, Licenciatura em Letras/libras, Tecnólogo em Gestão e Planejamento Ambiental, Bacharelado em Física, Bacharelado em Matemática, Engenharia de Computação);
Ampliar para 45 as vagas de todos os cursos já existentes que ofertem apenas 40 vagas.”
Cordialmente, Coletivo de Ocupação.
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